VISUAL DE MÁRMORE EM PORCELANATO
Por: Admin - 23 de Maio de 2023
O desejo por um revestimento desenhado pela natureza não é de hoje. Povos antigos como os gregos e os romanos já sabiam do potencial decorativo dos diferentes tipos de mármore, com os quais faziam esculturas, compunham mosaicos, adornavam templos e palácios.
Séculos mais tarde, a beleza dessa rocha metamórfica formada a partir da transformação física e química do calcário (fenômeno típico de regiões com atividade tectônica intensa, onde as camadas profundas da Terra alcançam temperatura e pressão elevadas) continua bastante apreciada.
O visual dos sedimentos calcários convertidos em material cristalizado com veios e nuances coloridas permanece em alta – e ainda hoje a rocha associada ao mundo clássico aparece em casas, escritórios e prédios por todo o mundo, sempre percebida como sinônimo de elegância e atemporalidade.
Como toda matéria-prima orgânica, porém, os mármores precisam ser extraídos para o consumo a partir de jazidas cada dia mais raras – o que agrega em exclusividade, mas aumenta o preço do produto final e não conta pontos em termos de sustentabilidade. Outro detalhe: a superfície porosa de algumas modalidades da pedra, ou mesmo a necessidade de chapas espessas para apresentar a necessária resistência, costumeiramente limitam o emprego versátil em projetos arquitetônicos.
Sem problemas! Nos últimos anos, o setor cerâmico investiu pesado em aprimoramento e inovação tecnológica a fim de produzir revestimentos com aspecto fiel de mármore – de modo a oferecer vantagens significativas em relação ao original.
Porcelanatos cuja impressão em HD simula com precisão os tradicionais carrara, nero marquina ou mont blanc, entre outros, já figuram entre as alternativas de mercado. Exibem diferenciais importantes: a variedade de faces (ou estampas), para um efeito natural no layout do assentamento; a resistência da superfície, que permite a aplicação em diferentes ambientes; a dimensão cada vez maior das peças, com espessura reduzida e bordas retificadas, de modo a conferir um resultado elegante, com poucas juntas, além de maior leveza e a praticidade na hora da colocação.
Melhor ainda: fruto de seu tempo, a estética dos porcelanatos marmorizados acompanha as demandas contemporâneas e o material ganha superfície polida ou acetinada, conforme a necessidade e o gosto. Sem falar de inovações no design de superfície, que se arrisca ao propor interferências ou “releituras” no aspecto natural das rochas (basta lembrar dos modelos tipo terrazzo ou granilite) e imitações de pedras exóticas, sob medida para os apreciadores de soluções pouco convencionais.
“As pessoas sentiram a necessidade de transformar os espaços domésticos depois de passarem tanto tempo em casa durante a pandemia”, avalia a arquiteta Gizelle Leite, que diz ter recebido muitos clientes interessados em reformar seus lares desde então. A nota comum a quase todos eles? O desejo por espaços harmônicos e neutros – que não cansem apesar da longa permanência no local –, caso em que os porcelanatos com aspecto de mármore são ideais.